“As espécies invasoras são uma das maiores ameaças ao bem-estar ambiental e económico do planeta”
No
âmbito da Semana da Floresta Autóctone promovida pelo Município de Vila
Verde, o Vereador do Ambiente, Dr. Patrício Araújo,marcou presença, dia
21 de novembro, na Escola Básica 2,3 de Prado, na
sessão de abertura da Palestra intitulada "Plantas Invasoras - Por que
são um problema? Como as controlar?". O vereador que esteve acompanhado
pelo Diretor do Agrupamento de Escolas de Prado, Dr. António Peixoto,
agradeceu à comunidade escolar por aderir à semana dedicada à Floresta
Autóctone, referindo «pretendemos com esta iniciativa sensibilizar e
alertar todos os alunos, professores e operacionais para a necessidade
de conservação das florestas naturais» acrescentando que «devido à sua
importância económica e ambiental, precisamos de nos unir para as
proteger.» O autarca continuou frisando «Queremos dar a conhecer a todos
os alunos do concelho de Vila Verde as plantas autóctones mais
abundantes do concelho, e por essa razão estamos a realizar um conjunto
de iniciativas no terreno, de forma a proporcionar à população escolar
um contacto direto com o património natural de Vila Verde, por isso irá
ser feita no terreno uma ação de descasque junto ao rio Cávado.»
A
Professora Doutora Elizabete Marchante, da Universidade de Coimbra
dinamizou a Palestra dedicada a espécies exóticas invasoras e fez uma
contextualização ao tema das invasões biológicas, focando que «as
espécies invasoras são uma das maiores ameaças ao bem-estar ambiental e
económico do planeta. É uma “espécie suscetível de, por si própria,
ocupar o território de uma forma excessiva, provocando uma modificação
significativa nos ecossistemas.»
Aquela professora universitária
focou que «as espécies invasoras representam um problema porque ameaçam a
biodiversidade e o equilíbrio dos ecossistemas (competem com espécies
nativas, alteram os ciclos biogeoquímicos)» durante a sua intervenção
acrescentou «As invasoras diminuem a disponibilidade de água, alteram os
regimes de fogo, provocam doenças, alergias e são vetores de pragas,
têm impactes nos serviços dos ecossistemas (regulação do clima, cheias,
etc.) e impactes económicos como reduzem a produtividade de áreas
agrícolas, florestais ou piscícolas; aumento os gastos no controlo de
invasoras e recuperação de sistemas invadidos e reduzem a atratividade
turística.»
Após esta sessão a Professora Doutora Elizabete
Marchante, da Universidade de Coimbra, realizou-se junto ao Clube
Náutico de Prado uma ação de controlo de plantas exóticas invasoras
(mimosa), a qual contou, também, com a presença de uma equipa de
Sapadores Florestais do Município de Vila Verde.
Esta ação de
controlo teve um caris educacional juntos dos alunos da Escola Básica de
Prado, e segundo aquela docente universitária «pretendemos dar a
conhecer aos jovens quais as melhores técnicas para controlar esta
espécie em concreto, por forma a minimizar o impacto desta sobre o
ecossistema ribeirinho.»
Segundo a Professora Doutora Elizabete
Marchante «o controlo desta espécie é feito através do arranque das
mimosas de pequeno porte e do descasque das restantes, devendo estas
permanecer no local até que estejam completamente secas (o que poderá
durar meses ou anos), somente nessa condição é que se deverá proceder ao
corte dessas árvores.»
Tendo em conta que esta intervenção
ocorreu na margem direita do rio Cávado, foi sugerido pela docente que
«importa promover o ensombramento do local, tanto para prevenir a
germinação de mimosas, como para potenciar o ensombramento do leito do
rio. Pelo que posteriormente, mediante a autorização da Agência
Portuguesa do Ambiente (APA) e do proprietário do terreno, se pretende
promover a plantação de espécies da flora ribeirinha autóctone (amieiro,
salgueiro, freixo, etc.), mediante a sucessão ecológica típica das
galerias ripícolas.»
Na sua aula prática no terreno a professora
da universidade de Coimbra focou que «Importa referir que uma vez
iniciado esta atividade de controlo de invasoras será necessário
proceder à monitorização regular deste local, por forma a eliminar
progressivamente as plantas invasoras que venham a germinar, plantar
espécies ribeirinhas nativas junto aos cursos de água e, por fim, abater
as mimosas que se encontrem secas.» e concluiu «Desta forma estaremos a
reflorestar as áreas ribeirinha e a poder desfrutar dessas belas
paisagens durante as caminhadas que vamos fazendo pelas Ecovias.»
GALERIA FOTOGRÁFICA
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