Os alunos da Escola Básica de Freiriz tiveram a oportunidade de participar na ação de libertação de uma águia de asa redonda (bútio-comum), animal de espécie autóctone, com o apoio do Centro de Recuperação de Fauna Selvagem do Parque Nacional da Peneda e Gerês (PNPG).
Na perspetiva do Vereador do Desporto e do Ambiente, Dr. Patrício Araújo, «esta é uma das iniciativas mais importantes do programa da Floresta Autóctone, pela sua complexidade e pela sua influência positiva no futuro da fauna animal.»
O autarca explicou aos alunos o objetivo da Semana da Floresta Autóctone, ao mesmo tempo que foi colocando algumas questões relacionadas com as plantas e animais autóctones.
Segundo Patrício Araújo, «esta é uma preocupação de todos. Os animais de espécie autóctone devem ser protegidos, devido à sua importância para a conservação da diversidade genética.»
O Vereador e o técnico do Centro de Recuperação alertaram a comunidade escolar para os procedimentos que deverão adoptar sempre que encontrem um animal silvestre ferido ou debilitado.
«O nosso Centro chega a ter, por mês, cerca de cem animais em recuperação»
Esta ave em específico tem apenas um ano e foi encontrada, há um mês, na Póvoa de Lanhoso, sem nenhum ferimento.
Segundo Eduardo Rodrigues, técnico do PNPG, «a águia provavelmente comeu algum animal envenenado, pois foi encontrada muito debilitada, mas sem nenhum ferimento.»
O animal esteve em recuperação cerca de um mês, mas há muitos outros que chegam a ficar um ano ou até dois, dependendo da gravidade dos ferimentos.
«O nosso centro chega a ter, por mês, cerca de cem animais em recuperação, alguns com asas partidas, outros que levaram com tiros perdidos, há de tudo.», referiu
O técnico explicou ainda que, depois da recuperação, a libertação dos animais é realizada nos locais onde são encontrados, para que o seu regresso ao habitat natural seja mais fácil.
O propósito deste Hospital de Animais Selvagens é recuperar aves e mamíferos selvagens debilitados e, naturalmente, devolvê-los à natureza. Em casos mais graves, os animais são transferidos para uma Clínica no Parque Biológico de Gaia.
Alunos entusiasmados com a iniciativa
As crianças não podiam ter ficado mais entusiasmadas com a iniciativa e foram tirando as suas dúvidas e curiosidades com o técnico. O que come esta espécie, se é perigosa e até se cresce mais, foram algumas das perguntas mais populares.
Mas a verdadeira euforia chegou no momento de libertar a águia. Os alunos reuniram-se todos na traseira da escola e, em contagem decrescente, assistiram ao rápido voo do animal e ao seu regresso à natureza.
Esta iniciativa contou, ainda, com a presença do Presidente da Junta de Freiriz, Narciso Gama, entre outros professores que se fizeram juntar.
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